Apreciação de Alunos do Ensino Médio
( Trabalho Escolar, desenvolvido após a exibição do curta-metragem: " O Cacto", acompanhado da palestra sobre a poesia de Cassiano Ricardo em Vídeo&Prosa.
O CACTO
Curta-metragem do Diretor Urubatan Amaral
Inspirado na poesia de Cassiano Ricardo
Análise da Obra:
Pode-se comparar “O CACTO” de Cassiano Ricardo com a releitura do Urubatan Amaral da seguinte forma:
O CACTO: Vive em lugares áridos, secos. Onde se encontra poucas pessoas ( vive isolado) ela tem espinho e precisa de água para sobreviver.A moça da releitura é comparada com o Cacto, pois vive isolada pela “seca da infelicidade”.Os espinhos do cacto distanciam o toque, num comparativo com a personagem, que afastas as pessoas com atitudes impensadas e com palavras amargas.Até o Cacto que vive em áreas áridas precisa de água para sobreviver, a personagem busca água dentro de si, para matar a sua “sede”, acha dentro de si mesma a figura doce de seu avô, ninguém consegue viver só, triste, infeliz, até os cactos precisam e guardam água dentro de si.
/A seca, seca tudo,a água do rio//O suor do rosto do trabalhador//O pranto dos olhos de quem precisa chorar/
A seca no qual a moça vivia era seca da tristeza, falta de compreensão, no qual sua face se podia ver uma pessoa revoltada, onde a dor escondia a felicidade do seu rosto.Se assemelha a seca da terra que pós ambas precisarem de algo para supri-las.A tristeza a confinava a se tornar uma pessoa amargurada ao ponto de ferir as pessoas que a amavam e sem perceber feria a si mesma.
O AZUL - DOR
O azul não dói, pois mesmo “tendo tudo” ( bens materiais,amor da mãe...) até que era bom se tornava ruim,dolorido,sega pela desilusão.
A PAISAGEM FICOU REDUZIDA A UM FEIXE DE OSSOS
No momento em que a personagem está no parque, mas em seu redor se via um lugar sombrio, nebuloso, no qual se mostra que mesmo em lugares belos ela só conseguia enxergar a dificuldade, estava cega pela dor e iludida pelo fracasso.
OS BOIS MUGEM... FUGIR
Quando a vida grita em seu ouvido, ela tenta fugir, mas a fuga é impedida pela reflexão da imagem de um acidente com um desconhecido, quando vê a vida tão frágil e delicada...
(...) LUTAR CONTRA O SOL PARA IR BRIGAR COM O DILÚVIO.
Mostra-se a dificuldade de relacionamento com a sua mãe,ele bebe,fuma, como sinal de provocação mostrando que é dona do seu próprio nariz,era uma forma de enfrentar a mãe e assim acaba lutando conta si mesma, afundando assim numa situação de infelicidade que ela mesma criou.
(...) LEVAR A QUEIXA AO SERVIÇO DE PROTEÇÃO AOS RETIRANTES?
A personagem está em busca da felicidade, sua maior insatisfação é a infelicidade de ter afastado pessoas importantes na sua vida cada vez mais. E para quem se queixar? Para o externo? O problema é dentro!
MAS O SERVIÇO RESPONDERÁ QUE O FENÔMENO É CÍCLICO.
Mas enquanto ela para de fugir e não enfrentar a dificuldade que a aflige do que faz ficar tão triste, isso não vai mudar.
REMÉDIO ERA LEVAR À DEUS A TUA QUEIXA.
Não depende de Deus, superar os seus espinhos, se modificar, a personagem precisava fazer isso, utilizando a água que tinha dentro dela, oferecida por Deus.
E SUBIRÁ UMA ESCADA AGRESTE
O CACTO
Enquanto ela não renunciar os erros que comete (espinhos), estará indo para o “buraco” no qual ela mesma escolheu e verá sempre as pessoas se afastando dela, se prestar atenção em quanto os seus próprios espinhos ferem as pessoas e assim estará sempre no topo desértico, no sertão das amarguras.Então ela rompe barreiras e vê a perseverança, que depende dela a mudança no qual no final ela vai pedir desculpas para sua mãe e se reconcilia.Pode ter refletido que num acidente quantas pessoas desconhecidas estavam lá para ajudar aquela pessoa? A mãe da personagem está sempre pronta para ajudá-la e a ama.Podemos concluir que todos nós podemos mudar se quisermos, e busca pela felicidade real e verdadeira depende de nós, temos nossos espinhos, e se conhecermos a nós mesmos, não deixaremos que nossos espinhos afastem as pessoas que amamos, e mesmo que tenhamos que fazer cortes em nós mesmos, sempre teremos água dentro de nós a oferecer.
GRUPO: André de Paula Oliveira, Andréia da Silva Caraça, Geisa Ingrid, Jaqueline da Silva, Lucas Rocha Barreto, Tatiane Aparecida Santana e Wilkinson dos Santos Martins.
Interpretação por Urubatan Amaral
Urubatan realizou a interpretação do poema “O Cacto”, de Cassiano Ricardo, e produziu um vídeo. Nesse vídeo relatou o cacto como sendo uma moça que era rebelde com sua mãe e um dos artifícios para provocar a mãe foi fumar na frente da pessoa que mais amava. A moça apresenta-se sozinha na maior parte do vídeo, para pensar nas coisas que fez e para não machucar mais ninguém com seus espinhos que só são acalmados pelo seu avô, que faz os espinhos se recolherem e nascer no lugar do cacto uma moça amável.
CASSIANO RICARDO X URUBATAN AMARAL
Cassiano Ricardo | Urubatan |
“ A seca secou tudo do rio(...).” “A seca já atingiu o Nordeste” | Havia falta de amor da moça, ela mostrava seus espinhos ( era um cacto) e magoava a sua mãe. |
“A seca está acessa (...)” | A moça morria aos poucos, machucando aos outros e a si mesma. |
“Os bois mugem... Fugir? Mas isto é apenas deixar de lutar com o sol (...)” Não se pode desistir de viver. | Ela sentiu-se perdida, sem direção. |
“Remédio: Irás levar à Deus a tua queixa” “Não há para quem reclamar, o jeito é apelar para Deus!” | Ela precisava encontra-se com Deus para libertar-se dos espinhos, que machucavam a todos. |
“E subindo por uma escada agreste, a de um cacto, que é a tua própria imagem” | Ela teve que perdoar a si mesma para quebrar as barreiras em seu coração e eliminar os espinhos de sua vida. |
Equipe:
Daniel Soares
Evelyn Maiara
Fabíola Pollyana
Jacqueline Miranda
Mariana Bernardes
Priscila Marotti
O CACTO
Comparação de poemas,o Original “ O Cacto” do poeta Cassiano Ricardo e uma releitura adaptada pelo diretor Urubatan Amaral.
Palavras/significados | Cassiano Ricardo | Urubatan |
Cacto | Planta que sobrevive a seca. | Ela se fere,dor e sofrimento. |
Seca | Falta de água | Falta de sentimento |
Suor | Cansaço físico | Cansaço da Rotina psicológica. |
Pranto | Sofrer da Angústia da seca | Sofrer da auto-flagelação |
Azul | Sem chuva, sem nuvem. | Solidão diante do mundo belo |
Acessa | A seca está presente e forte | A falta de sentimento presente e incomoda. |
Paisagem/Feixe/Ossos | Sem vida ( local) | Tudo ao seu redor estava vazio, sem vida. |
Caminhar/Feridas | Tentar fugir, entretanto, continuar se machucando com a angústia. | Tentar fugir, entretanto, continuar se machucando com a angústia. |
Seringais | Opção de refúgio da seca. Tentar melhorar a situação | Busca de abrigo como seu avô, tentativa da felicidade. |
Lutar/Sol/Dilúvio | Trocar a seca de um local, com a esperança de mudança de outro, com o pensar que no fundo deve haver água, salvação. Sempre lutando contra a seca intensa. | Conflito interior Libertação x Sofrer |
Remédio | A única solução é rezar a Deus e pedir para que chova. | Quando se depara com um sofrimento maior do que o seu. Enfim recorre a si própria para se entender. |
Escada/Agreste/Imagem | Mesmo tendo idéias de revolução, a realidade do Agreste será sempre igual e mesmo assim sobrevive. Reflete a tua própria imagem natural. | Após sobreviver à crise e se restabelecer de sua seca interior descobre que quem a fazia sofrer eram as suas próprias atitudes. |
Equipe: Anne Cristine, Cíntia Fernanda, Estephan Delgado, Inaiá Cristina, Jaqueline Ribeiro e Luíza Elisabeth.
O CACTO
Comparação do Poema O cacto, de Cassiano Ricardo na Versão do diretor Urubatan Amaral.
Palavras/significados | SOCIAL | PSICOLÓGICO |
Cacto | Planta espinhosa que vive em lugares pedregosos. | Pessoa que demonstra resistência, passa por cima de qualquer coisa e machuca o coração de outras pessoas.porém dentro de si, reserva sensibilidade e sentimentos positivos. |
O Azul (DOR) | Que causa sofrimento, machuca. | A beleza física e os pontos negativos trazem arrependimentos. |
Feridas | Chagas, ferimentos | Que deixam marcas interiores, que demoram a se fechar e às vezes nem se fecham. |
Seringais | Mata de seringueiras | Lugar de sossego, onde o personagem encontra o amparo do avô. |
Feixes de Ossos | Vários restos de alguma coisa, sem auferir nenhum lucro ou vantagem. | Assemelha-se aos problemas e dificuldades de transparecer o que havia dentro de si. |
Deixar de lutar com o sol | Astro central do nosso sistema planetário, luz, calor. | Deixar de lutar com a secura do coração para lutar com o que há de mais a fundo no interior. |
Lutar com a água que ficou do dilúvio | Inundação, grande chuva. | O amor que se deu através das lágrimas. |
Escada do Agreste | Série de degraus, rústicas e ásperas e indelicadas. | A indelicadeza, o aspecto rústico e áspero da personagem se tornaram barreiras para impedi-la de subir degraus, as etapas de sua vida. |
Escada/Agreste/Imagem | Mesmo tendo idéias de revolução, a realidade do Agreste será sempre igual e mesmo assim sobrevive. Reflete a tua própria imagem natural. | Após sobreviver à crise e se restabelecer de sua seca interior descobre que quem a fazia sofrer eram as suas próprias atitudes. |
Equipe: Gabriela F., Grazielle, Hervert, Juliana e Michelle
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